Desenvolvido pela Sabotage Studio e publicado pela Devolver Digital, The Messenger é um jogo de plataforma de ação.
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Quando olhei pela primeira vez o jogo logo pensei, “esse jogo tem uma forte inspiração em Ninja Gaiden”. É inegável a semelhança em muitos aspectos. Pois o layout do personagem e a movimentação lembra muito o jogo da época dos 8 Bits. Claro que com gráfico muito mais polido e bonito.
O jogo não parou de me surpreender do início ao fim, tá somente no início eu achei a história clichê de mais, mas bastou minutos jogando para perceber que o jogo está longe de ser clichê.
O gameplay é bem fácil de aprender, trata-se de um jogo de plataforma side-scrolling (aquele básico: andar para a direita, matar inimigos e pular sobre buracos e plataformas).
Com uma mecânica bem interessante onde cada vez que você acerta um inimigo, objeto ou projétil, lhe dá o direito de executar um pulo extra, o que é cumulativo. Além disso, ao decorrer do jogo você desbloqueia habilidades que lhe ajudam a superar obstáculos, como planar e escalar paredes.
Existem também upgrades que você consegue desbloquear com cristais adquiridos ao derrotar inimigos ou recolhendo pela fase. O gênero do jogo muda na metade, passa de um jogo de plataforma linear para um belo “Metroidvania” assim você revisita os lugares por onde passou para desbloquear novos caminhos e coletar itens chaves para o seu progresso.
Em relação à dificuldade, eu particularmente não tive muitos problemas em avançar. É um jogo muito gostoso de jogar, a morte nesse jogo não é muito punitiva. Ao morrer o jogador não perde os cristais adquiridos, embora ele fique impossibilitado de pegar mais cristais por um tempo.
A dificuldade fica um pouco maior nos desafios extras onde você precisa coletar uns medalhões mágicos para desbloquear um baú secreto. Mas esta parte é opcional. Os chefes são fáceis de descobrir os padrões de movimento. Logo após duas ou três tentativas você já sabe como derrotá-los.
Os cenários são bonitos e bem construídos e a trilha sonora é primorosa. Ambos foram inspirados nos clássicos de 8 e 16 bits. Tudo feito com carinho e dedicação. É muito legal quando você fica submerso na água e percebe que a música ficou “abafada” simulando como se o jogador realmente estivesse mergulhando.
Você tem uma transição de tempo durante o jogo, e fica mais constante conforme você vai avançando na história. O personagem fica viajando entre duas eras, e cada uma delas tem seu próprio estilo gráfico e musical. O “presente” foi inspirado nos jogos de 8 bits e o “futuro” nos de 16 bits.
O enredo foi o ponto alto do jogo pra mim, ele é incrível, faz tempo que não jogava um jogo tão divertido. A história é bem contada, não possui pontas soltas. Os personagens são muito engraçados, as interações entre os personagens são sempre cheias de piadas, sarcamos e referências.
O jogo até criou um “sistema” para explicar para o inimigo, porque o personagem principal fica voltando quando morre, ou cai em um buraco. E ainda faz piadas sobre isso dizendo que o sistema de vida e continue é ultrapassado.
Já que estamos falando sobre morrer, piada sobre morte é o que mais tem. Vez ou outra satirizam o fato do jogador morrer no espinho ou por não consegue pular um buraco.
Minha conclusão é que vale muito a pena jogar The Messenger, com toda certeza você vai se divertir muito, atualmente ele está disponível para PC e os consoles (PS4, Xbox One e Nintendo Switch).