Hoje vamos fazer um review sobre Dragon Quest XI. Uma das maiores franquias de JRPG da história dos videogames. Muito popular no mundo todo, principalmente no Japão onde a franquia é febre até hoje.
Ao olhar para o jogo você vai dizer: “esse personagem é parecido com alguém que eu conheço”. Não se preocupe, você está certo! A arte é feita por ninguém menos que Akira Toriyama, criador do mangá Dragon Ball, conhecido mundialmente.
Tratasse de um RPG eletrônico no estilo clássico de combates por turnos, exploração de mapas, horas de farming e muita diversão =p. Confira o trailer a seguir:
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Confesso que não estava muito animado quando comecei o jogo. Por mais que ame JRPGs, o único da série que tinha jogado era o VIII lá na época do PS2. Dragon Quest tem fama por suas incontáveis horas de grinding. Com a correria do dia a dia não imaginei que conseguiria jogar um jogo tão extenso novamente. Mas para minha surpresa estava completamente errado. Foram mais de 150 horas de jogo divertidas e emocionantes, em nenhum momento joguei por obrigação.
A jogabilidade é excelente, quem disse que não há mais espaço para RPGs de turno? Durante o combate é possível escolher entre o modo clássico onde os personagens ficam parados de frente para os inimigos ou o modo livre em que você pode se mover durante o combate.
Cada personagem age conforme o nível de sua agilidade, quanto mais ágil, maior a chance de agir primeiro ou mais vezes durante uma rodada. E por falar em combate, os encontros não são aleatórios, exceto no mapa mundo. O jogador consegue ver os inimigos no mapa e escolher se quer enfrentá-los, o que deixa o jogo muito mais dinâmico. Pois tem horas que você quer simplesmente chegar do ponto A ao B sem enfrentar nenhuma maldita slime.
Há uma mecânica de montaria que você pode passar por cima dos inimigos e derrotá-los sem lutar com eles. Desde que o inimigo seja mais fraco que você, o jogador não ganha experiência ao fazer isso. Mas é uma mão na roda quando queremos chegar rápido em um lugar. Existem outras montarias que têm habilidades únicas como escalar paredes e pular enormes alturas.
Não há do que reclamar em relação ao quesito exploração, todos os mapas estão recheados de itens, recursos e baús escondidos. O sistema de progressão de level é clássico baseado em XP.
Quando um personagem sobe de nível ele tem um aumento em seus atributos básicos. Ganha uma certa quantidade de pontos de talentos, que podem ser gastos para adquirir novas habilidades ou aumentar ainda mais seus atributos. Cada personagem tem sua própria árvore de talentos. Suas habilidades mudam conforme as armas que estão empunhando.
Quanto ao desafio achei o jogo relativamente fácil. Poucos chefes deram trabalho e em nenhum momento senti a necessidade de grindar level, a não ser no pós jogo. Que torna o desafio um pouco maior. Os combates são relativamente rápidos, pois você não precisa ficar guardando recursos. A cada level que um personagem passa todo seu HP e MP são restaurados, eu praticamente não utilizava ataques básicos, sempre atacava utilizando magias e habilidades.
Existem fogueiras distribuídas pelos mapas onde você pode descansar e se recuperar. Quase sempre antes de um momento decisivo, tem um local de save que recupera todos seus personagens, então dificilmente você vai ser pego desprevenido.
Existe uma maneira de deixar o jogo mais desafiador, são as Draconian Quest. São desafios que você pode ativar antes de começar a jogar como por exemplo: deixar os inimigos mais fortes, ganhar menos XP ao derrotar os inimigos ou não poder fugir de um combate, etc.
O gráfico está lindo! Em muitas ocasiões parece que você está jogando um anime, o cenário, os personagens, tudo realmente está muito bonito. As magias e habilidades em combate são muito legais de assistir, e tudo isso na consagrada arte de Akira Toriyama.
É praticamente impossível você jogar e não comparar personagens, vilões e monstros com o universo de Dragon Ball, a não ser é claro que você nunca tenha visto o anime/mangá.
Mesmo sendo muito fã da arte de Toriyama, confesso que em alguns momentos fiquei um pouco incomodado. Em algumas ocasiões da trama, o traço alegre e descontraído do autor não conseguiu me transmitir a emoção que a situação queria mostrar. Essa sensação de tudo feliz demais se passa até para alguns inimigos que eu realmente não levei a sério.
A história é a velha luta do bem contra o mal, luz contra trevas. É o feijão com arroz dos RPGs. Mas está longe de ser chata ou mal escrita, eu achei o ritmo dela um pouco lenta e confusa no início. Você fica um pouco perdido e não sabe o que está acontecendo, mas isso muda com a revelação do inimigo principal.
A história engrena e se desenvolve muito bem, e a partir daí eu não parei mais de jogar. O enredo vai se fechando e casando direitinho e volta e meia aparece um fato novo que te prende ainda mais na história.
E por fim o jogo está repleto de conteúdo, sério, tem muita coisa para se fazer no jogo e no pós jogo. Armas e armaduras para colecionar e aumentar o poder de sua equipe. Trajes que mudam a aparência dos personagens, Side Quests relacionadas ou não a história do jogo entre outras coisas.
Mas o que mais me impressionou sem sombra de dúvida foi o pós game. Achei ele tão grande e completo que nem considerei um pós jogo e sim uma continuação. Só me refiro a ele como pós jogo pois o jogo lhe trata dessa maneira.
Enfim, se fosse uma outra franquia (FF) a Square teria vendido tudo separado em vários pacotes de DLC. O me trouxe alegria em ver nos dias de hoje um jogo completo, onde o jogador joga e sai satisfeito e que tudo está disponível no jogo original e nada precisa ser comprado separadamente.
Então se você gosta de JPRGs (e de Dragon Ball) você não pode deixar esse jogo passar. Vale cada centavo investido e você não vai precisar de nada mais para ter uma experiência completa. Afinal tudo que você precisa está dentro do jogo. Eu realmente me surpreendi com o jogo e com a produtora, espero que adotem a mesma postura para seus próximos jogos e franquias.