Lançado em 2018, Celeste é um jogo de plataforma desenvolvido por dois canadenses de forma independente, e que logo caiu nas graças do público.
Curiosidade: Em uma Game Jam, criaram um protótipo do jogo. Em apenas quatro dias.
Game Jam: Uma espécie de maratona onde os competidores têm um prazo limitado para criar um jogo novo do zero.
A boa recepção lhe renderam dois prêmios na The Game Awards. Além da indicação de melhor jogo ano, Celeste levou para casa inclusive, o título de melhor jogo independente do ano e um dos jogos mais impactante. Mas porque será que um jogo tão “simples” fez tanto sucesso?
Índice do artigo
Na minha opinião a jogabilidade é a principal responsável pelo sucesso do jogo. Claro que o conjunto da obra é importante. Mas sem um bom desempenho nesse nada disso seria possível.
Resumidamente os controles são fluídos e responsivos, você controla uma garota que deseja escalar uma montanha. Portanto, ao longo do percurso vários desafios que dificultam seu caminho. Por exemplo: espinhos, plataformas que desabam e muitas outras coisas que podem lhe matar.
Então para impedir que isto aconteça você pode pular, segurar e escalar paredes e ainda um impulso no ar que pode ser usado em várias direções.
Algo parecido já visto em outros jogos, do mesmo estilo como Super Meat Boy. O grande diferencial é que a progressão do fator dificuldade é escalável de maneira agradável.
A cada fase existem diversos desafios. Geralmente são divididos em pequenas sessões, quando superadas seu progresso é salvo. Desta forma, não precisa reiniciar a fase caso morra.
Apesar de ser um jogo relativamente muito difícil, ele consegue agradar a todos os públicos, desde os mais desprovidos de habilidades, até os jogadores mais hardcore.
Além de contar com um modo ajuda com recursos podem facilitar muito a vida do jogador, como por exemplo invencibilidade.
Celeste conta a História de uma mulher chamada Madeline que decide escalar a montanha Celeste em busca primeiramente de um desafio de superação pessoal. Apesar de ser forte e determinada, a protagonista sofre de ataques de pânico e depressão.
O impacto foi grande dentro da comunidade, por se tratar de temas sensíveis como depressão, algo não muito abordado em video games. Geralmente contam histórias felizes e alegres, lutas entre o bem e mal, e etc.
Ainda que breve, narrativa é bela e profunda, ao decorrer da escalada, Madeline encontra seu interior, sob qual coloca toda responsabilidade a respeito de seus medos e angústias.
Então somente quando ela aceita essa parte de sua personalidade e decide cooperar com ela, é que ela finalmente consegue superar seus problemas interiores e chegar ao topo da montanha.
Aqui com certeza é o charme que completa e o torna um jogo único. O responsável pela arte do jogo é um estúdio brasileiro chamado MiniBoss.
Celeste é um belíssimo jogo em pixel art, com lindas ilustrações a cada término de capítulo e também em seu encerramento.
A trilha sonora é muito relaxante e gostosa de se ouvir e casa muito bem com tudo no jogo. Além das trilhas originais de cada capítulo, existem versões diferentes e/ou remixadas para cada capítulo secreto e desbloqueável ao longo do jogo.
Jogando Celeste é fácil entender o porquê da grande aceitação da crítica e do público. É um jogo que parece ter sido feito com carinho e dedicação em todos os aspectos. Tudo se encaixa muito bem e por isso é muito agradável, sem contar com a preocupação dos desenvolvedores de você poder aproveitar o jogo independente da sua habilidade.
Todas essas características juntas lhe proporcionam uma experiência única e agradável, com certeza cada minuto gasto com o jogo será muito bem recompensado. Celeste está disponível para: Microsoft Windows, Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One, macOS, e Linux.