Qual você acha que são os filmes de games já lançados? Escrever sobre filmes ruins é bem pior que vê-los. Você fica revivendo todo aquele martírio, tentando relembrar as torturas vividas. Mas estou aqui pra salvar vocês, então se é por um bem maior, que comece o extermínio da minha cabeça!
Poderia apenas fazer uma lista de todos os filmes do Uwe Boll para esse ranking e finalizar. Sério, se um dia você ver um filme onde esteja escrito em qualquer parte dele Uwe Boll, compre um salgadinho e vai ver Chapolim. Sem exageros, ele simplesmente ganhou o prêmio Framboesa de Ouro pela pior carreira cinematográfica, detalhe: era o único concorrente. E pro nosso desespero, estragou meia dúzia de filmes de games.
Meu honesto desejo é que esses filmes nunca entrem em sua casa. Passo longe de ser um sadista e você, pelo bem da sua sanidade mental, precisa gravar bem esses nomes a seguir:
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Eu nunca fui um jogador assíduo da franquia Final Fantasy. A maioria dos meus amigos gamers nos anos 2000 passavam intermináveis horas falando sobre o jogo e seu enredo, princialmente na fase do VII e VIII. Por incrível que pareça eu gostava de ouvir a história. Cloud, Sephirot, Squall e turma povoavam nosso imaginário no ensino médio. Todos adoravam a história. Então veio o filme.
A história é tipo uma salada de alface, abacaxi e sucrilhos, com você se perguntando porque ficou com gosto de xuxu. É mostrado a Terra em um cenário apocalíptico devastada por um meteoro que trouxe aliens espirituais ameaçadores. Eles dominam o planeta e a população que sobrou precisa viver em pequenos punhados, escondidos em domos.
Entre os sobreviventes está a Dra Aki Ross, determinada cientista que possui uma estranha conexão com esses seres interplanetários. Acontece então uma busca por oito espíritos da Terra capazes de solucionar isso e dar fim nesse drama vivido pelos humanos. Sim, é uma porcaria isso tudo, porque eles não explicam nada, não carrega nada de Final Fantasy, não tem ação e o final é um anti-climax, confuso, parado e decepcionante. O filho de uma preguiça com um ent deve ter dirigido esse filme. Zzzzzz...
Justiça seja feita: os gráficos são incríveis. Se não fosse Final Fantasy, talvez seria um pouco menos criticado. Mas a decepção foi muito grande com o potencial da franquia desperdiçado e o que eles fizeram com esse filme. Bom, os resultados do filme faliram a Square, nossos olhos e nossa paciência.
Sinceramente nem sei porque esse filme existe.
Domínio de dinossauros humanoides em universo paralelo, crianças nascendo de ovos, chefão com uma pistola bizarra que regride o alvo na escala evolutiva, tipo homem levar um raio e virar macaco. Coisas sem sentido e explicação, jogadas na filme o tempo inteiro, algo como uma tela sendo surrada com tinta por um criança como se não houvesse amanhã. Agora joga isso tudo em um liquidificador com Super Mario Live-action e veja junto cenas bizarras, botas que voam, fungos gosmentos que viram reis e o Koopa, bom deixa pra lá.
Super Mario tem uma história simples, tudo bem que até faltam algumas pontas soltas na história, precisavam criar algumas coisas, mas acabou que como Mario esse filme dá um belo Star Treek (bem) piorado.
Esse foi o primeiro filme feito de um jogo e isso dava gerava certa expectativa por ele. Tenho pena dos 42 milhões de dólares gastos nessa porcaria.
Pois é, as coisas com a Nintendo são oito ou oitenta até nos filmes.
Quase coloquei Tekken aqui, mas como o Street Fighter já acumula dois filmes ruins, então merece ser considerado uma peça de desastre digna da lista. Proporcional ao sucesso da franquia nos games foi a decepção do filme, crítica e todo mundo. Vou me ater ao primeiro filme.
Os games eram esvaziados freneticamente das prateleiras e o filme tinha tudo pra dar certo. Apostaram alto escalando Jean-Claude Van Damme, um astro da época para interpretar Guile. Qual fã não gostaria de ver os golpes clássicos reproduzidos na tela dos cinemas? Todos! Isso claro, antes de alguém ver o que fizeram nesse filme.
O roteiro não precisava ser muito sofisticado. Unicamente o que se espera desse tipo de filme é talvez o básico bem executado e pancadaria. Se inspirar no jogo, fazer as lutas e coreografias tomarem conta do filme. Ninguém espera choro, lições de vida e Oscar. Claro, os diálogos e interpretações não precisavam ser tão ruins. O filme seria até mediano se por um acaso as coreografias e golpes das lutas fossem bons, não excelentes, mas ao menos bons mesmo. Pois é, justamente nas caracterizações e lutas, onde os fãs depositaram as maiores esperanças, foi onde falharam catastroficamente. Ironicamente sempre foi o ponto forte do Van Damme.
Pois é, tem dias que as coisas dão errado mesmo, mas tem dias que as coisas pioram ainda mais e sai algo do tipo esse filme do Street Fighter. Olha só o climax, que obra prima!
Esse filme teria uma centena de possibilidades de funcionar, pela qualidade dos roteiros dos jogos e por ter uma variedade incrível de opções pra explorar. Foi o pioneiro do gênero survival horror nos games e inspiração para muitos clássicos. Uma pena, pois teria tudo pra ser um clássico nos filmes também. Infelizmente é um clássico filme péssimo.
Lembro que nessa época eu não tinha coragem de jogar esse jogo. Jogava os demos e já tinha pesadelos. Fui com essa expectativa pra ver o filme. E olha que levo susto até com aqueles vídeos calmos que aparece a menina do exorcista (praticamente todas as vezes). Mas esse filme não deu medo, nem vontade de rir, nem de chorar, nem de ver, nem de nada. São poucos os filmes que não chego até o final. Sou insistente e curioso. Consegui até ver três horas de Rose Red, do mestre Stephen King. Mas, Alone in the Dark é muito ruim mesmo e não me lembro de ter chegado até o final.
O filme é estrelado por Christian Slater como detetive paranormal e tem a Tara Reid, saudosa Vicky de American Pie, investigando o desaparecimento de uma civilização antiga que orou aos demônios do espaço, vagamente lembrando o jogo. Até dava pra funcionar, só que o roteiro é generosamente pouco coerente, somado aos diálogos ruins, aquele bolo misturado de péssima fotografia com filmagens toscas, atuações sofríveis e computação gráfica da escola Dolynho.
Conquistar 1% no Rotten não é pra qualquer um. Achei até generoso por parte dos críticos. Muitos sites deram um redondo zero absoluto para o filme. Foi um fiasco total de bilheteria. Um marco totalmente esquecível da história de adaptação dos games. É uma façanha digna do mestre Uwe Boll. Parabéns cara, por desgraçar nossas vidas. Ainda bem que ele não usa pseudônimo. Assim podemos correr longe dos seus filmes sem ver algum por engano.
São poucos os filmes de zumbis realmente bons. O gênero até recentemente foi basicamente relegado a filmes cults e trashs. O jogo House of the Dead, não colabora muito em matéria de história. Era mais conhecido pelo frênesi fps rolando solto e mantinha seu público assim. Teria que haver uma explosão de criatividade pra dar certo. Queria dizer que rolou até pro lado ruim, mas nem isso.
Existe algo pior que um diretor ruim? Sim, um diretor ruim achando que pode inovar. Que raios! Se ele apenas fizesse o básico de ser ruim, seria um filme ruim como tantos outros e talvez servisse pra dar risada. Só de lembrar que eu paguei pra assistir esse filme na locadora, iludido pela época que eramos atraídos por filmes baseados em games...Argh!
Me recuso a comentar de roteiro aqui, redefine todos os clichês possíveis, falar que é confuso e raso com os piores diálogos possíveis é o cúmulo da redundância em se tratando desse diretor. A pior parte, tipo mosca no esterco, foi o estilo de contar a história onde o filme mescla com telas do jogo (?) e era exibido uma tela de morte, na melhor estilo "you are dead". Isso jogou o filme para um nível pior que mutantes da Record. Bem pior. Veja com seus próprios olhos, sem nada no estomago claro. Esse é simplesmente um estupro visual e com justiça, provavelmente primeiro ligar pra sempre!
Foi realmente difícil fazer essa lista. Deixo aqui menções horrorosas para os filmes: Double Dragon, Tekken, Mortal Kombat Aniquilator, Doom e Silent Hill: Revelation. Passem longe também desses filmes galerinha. Estou falando sério. Isso não é igual ver os filmes do Ernest, Chuck Norris ou Leslie Nielsen, que você trola seus amigos ou vai ver pra dar risada mesmo da cara deles e do filme. São verdadeiros desperdício de uns bons palavrões e tenho comigo que foi com eles que a maldição dos filmes de games começou a se perpetuar. Quase duas décadas depois essa maldição persiste. Com certeza a desonra foi grande. Valei-me!
