11 filmes promissores que fracassaram

Nem toda franquia consegue imprimir dinheiro como se fosse parte do Universo Cinematográfico da Marvel, mas isso não impede que os estúdios tentem. Os fãs também torcem para que seus livros e quadrinhos preferidos sejam transformados em filmes, embora muitos deles mudem de ideia depois.

O que ocorre é que nem tudo são flores, alguns erros sempre se repetem, que vão desde divulgações ruins a roteiros que acabam fazendo os fãs perderem a vontade de se envolver com o filme. Fato é que a sensação de história mal aproveitada nos assombra, rendendo  horas de conversas revoltadas com nossa roda de amigos.

Alguns filmes até agradam os fãs, mas ficam sem conversar com o grande público e decepcionam na bilheteria. A busca por esse equilíbrio entre roteiro pra fãs e leigos, alias é uma briga intensa que resulta muitas vezes em algo sem pé nem cabeça. Mas não adianta, os estúdios não desistem e nem nós, que ficamos torcendo, apesar de ter o pessimismo engatilhado.

Hoje estamos aqui para cortar corações e relembrar possíveis franquias que morreram na praia e deixaram um vazio existencial em nós. Concordo que metade da lista poderia ser da DC, mas vamos tentar variar um pouco. Nos abraçamos depois, mas agora é hora de revisitar frustrações:

Lanterna verde quebrada

Ryan Reynolds odeia esse filme tanto quanto nós. Ainda bem!

Lanterna Verde é um monte de coisas. Foi a primeira aposta recente da DC em um filme sem Batman ou Super-Homem. Foi um caminho para Ryan Reynolds, cuja estrela brilhou mais desde então. Foi um filme tão cheio de CGI, cenas verdes e cabeças grandes, que podiam esconder o Hulk como easter-egg em praticamente todo o filme. Mas uma coisa que Lanterna Verde não é: um filme bom.

Embora o marketing cuidasse de espalhar pra todos que o filme seguiria bastante os quadrinhos, isso não aconteceu e os fãs junto com a crítica não perdoaram. A recepção hostil não só significou a morte para uma possível sequência, mas também abalou os planos da Warner e da DC para o começo de seu universo cinematográfico de super-heróis. Lanterna-verde mal recuperou seu orçamento de US $ 200 milhões, contanto toda bilheteria mundial.

Os filmes da DC que se seguiram tiraram algumas lições estranhas do fracasso da Lanterna Verde. Deveriam ver que os fãs estavam rejeitando um roteiro genérico e sem vida. Parece que alguém na divisão criativa da Warner Bros assumiu que as cores brilhantes e as tentativas de humor eram o problema. Isso explicaria a postura bem séria de filmes como Homem de aço e Batman vs Superman: A Origem da Justiça. Sorte mesmo só teve Ryan Reynolds, pois sua carreira não foi muito ruim, e ele conseguiu reagir, com Deadpool.

Avatar: O ultimo (de fato) Mestre do Ar

Avatar se distanciou um pouco do desenho e pagou caro por isso.

Avatar: O Último Mestre do Ar foi um anime revolucionário da Nickelodeon que construiu um mundo de fantasia inspirado nas artes marciais e na mitologia asiática. O Último Mestre do Ar, dirigido por M. Night Shyamalan, é uma adaptação fora de rota e monótona, apenas um vislumbre da primeira temporada do programa original.

Em 2010, a estrela de Shyamalan já havia começado a apagar para a crítica depois que a Dama da Água e o desconcertante filme de eco-terror Fim dos tempos deixaram os fãs imaginando se o diretor se perdeu em alguma dimensão paralela e veio pra cá um impostor.

O Último Mestre do Ar (que teve que abandonar "Avatar" de seu título para evitar confusões com a turma do James Cameron) foi a primeira tentativa de Shyamalan de dirigir um filme baseado em um conceito que ele não criou. Era uma chance de redenção ... ou, pelo menos de provar a versatilidade do diretor.

Em vez de uma redenção parecida com a do príncipe Zuko, do desenho, o filme serviu mais como um prego no caixão do perfil público de Shyamalan - algo que não mudaria até o sucesso de Fragmentado. O Último Mestre do Ar não apenas sofreu uma surra da crítica, mas também não conseguiu recuperar seu orçamento de produção de US$ 150 milhões, o que quase garantiu que o público nunca veria o resto das aventuras de Aang, Sokka e Katara. No Kids 'Choice Awards de 2011, O Último Mestre do Ar não só foi para casa sem uma vitória, como também não foi indicado por sua própria produtora, uma vergonha.

Universo escuro

O que seria da bilheteria desse filme sem o apelo do Senhor Cruise?

O Universo Escuro é um campeão em colocar a carroça antes do cavalo. Os chamados clássicos monstros universais ganhando um toque moderno, em uma linha do tempo compartilhada não é exatamente uma má ideia, mas anunciar o grande plano antes de um único filme sair pode ter afundado a franquia logo no começo.

Para tornar as coisas ainda mais estranhas, Drácula: A História Nunca Contada de 2014, originalmente não era destinado a ser parte de um mundo assustador compartilhado, foi remendado no último segundo com uma sequência pós-crédito que trouxe seu príncipe sangrento para os dias modernos. Não tinha a ver com a ideia do filme.

Avançando alguns anos, tínhamos a reportagem de capa do 2017 Empire apresentando uma série de atores que pretendiam dar suporte ao Universo Escuro. Ele apresentava Sofia Boutella como a múmia, Russel Crowe como o dr. Jekyll, Javier Bardem como o monstro de Frankenstein e Johnny Depp como o homem invisível. Também estava lá o senhor Tom Cruise como o protagonista da malfadada recém-reiniciada franquia de A Múmia.

Infelizmente para a Universal, sua nova visão sobre a Múmia teve um desempenho abaixo do esperado, arrecadando apenas 80 milhões de dólares no mercado americano com um orçamento estimado em 125 milhões de dólares. Foi um relativo sucesso internacional, verdade, arrecadando 329 milhões de dólares no exterior, mas a baixa aceitação doméstica pode ter sido suficiente para a Universal repensar seus grandes planos.

Imaginamos que a cache do Sr. Cruise, junto ao custo de efeitos especiais tenha feito o filme não ser muito rentável. Com isso eles colocaram A Noiva de Frankstein fora dos planos, e todos os outros filmes futuros do Universo Escuro em dúvida. Alex Kurtzman e Chris Morgan, que deveriam ter coordenado todos os filmes da franquia, mudaram-se para outros projetos, incluindo a série Star Trek: Discovery e a franquia Velozes e Furiosos.

Oportunidade de ouro

A Bússola de Ouro ficou em cima do muro e não agradou ninguém.

Os romances de Philip Pullman, His Dark Materials, são adorados pelos leitores, sendo uma especie de clássico moderno. A adaptação cinematográfica live-action do primeiro livro da série, A Bússola de Ouro, tentou dar peso à produção,  desfilando um mar de estrelas, incluindo: Nicole Kidman, Daniel Craig, Ian McKellen, Eva Green, Sam Elliot e Christopher Lee. A jovem protagonista da série, Lyra Belecqua, foi interpretada pela recém-chegada Dakota Blue Richards.

O filme enfrentou um pouco de controvérsia, decorrente da visão crítica do livro sobre a religião organizada. Mudanças no roteiro tentaram aliviar a questão, mas acabaram dividindo os fãs e não agradando ninguém.

Perdido entre agradar os fãs e os recém-chegados, o filme não foi lucrativo o suficiente para garantir uma sequência. Com um orçamento de 180 milhões de dólares, ele só fez 70 milhões de dólares nos EUA (embora tenha se saído muito melhor no exterior, arrecadando 302 milhões de dólares).

Os fãs não precisam se preocupar muito. Completando uma década desde que A Bússola de Ouro chegou aos cinemas, a BBC está trabalhando em uma versão televisiva de His Dark Materials, que será exibida pela HBO nos EUA. O elenco da nova série está bem servido com nomes como James McAvoy e Lin-Manuel Miranda.

Tchau, cowboy do espaço!

O filme não encaixou e uma sequência está longe de acontecer.

John Carter: Entre dois mundos é um título estranho quando lembramos que o livro se chama A Princesa de Marte, do qual o filme se baseia. Muitos acham um milagre aquela confusão entre um soldado da Guerra Civil, alienígenas altos e uma princesa perdida no meio disso tudo, ter superado o orçamento arriscado de 250 milhões de dólares.

Claro, haviam mais problemas do que a simples troca de título do filme enfrentadas por John Carter. O protagonista, Taylor Kitsch, conhecido na TV, era estreante no cinema, reduzindo o apelo para o filme, assim como diretor, que tinha experiência apenas em animações. Isso embora contornável, reduz as chances de dar certo.

Enquanto as aventuras de Carter em Barsoom (o nome dos marcianos para o seu próprio planeta) têm seus momentos, o filme não tem o capricho que Andrew Stanton entregou nas suas animações, como Procurando Nemo e Wall-E.

Tão divertida quanto as sequências de ação podem ser - particularmente um destaque inicial de Carter testando como suas habilidades físicas são amplificadas pela menor gravidade de Marte. O resto do tempo é ocupado por pessoas grandes com monstros fazendo coisas aleatórias. Infelizmente, o potencial inexplorado dos 11 livros da série Barsoom terá que permanecer inexplorado, já que a Disney parece não reconhecer que o filme existe neste momento.

O Guerreiro Solitário, de um filme solitário

Alguém avisa pro Johnny Depp que um pássaro na cabeça já deixa ele desautorizado a interpretar o Jack Sparrow.

Semelhante a John Carter, O Cavaleiro Solitário ressuscitou, um herói para uma nova era, também de forma não muito positiva. A aventura no velho-oeste errou no timing entre humor e drama, deixando a trama um pouco confusa. Muita gente reclamou da apática atuação do protagonista Armie Hammer, que faz John Reid e a impressão de que o filme era do Johnny Depp fazendo seu Jack Sparrow com outra fantasia. O filme tem seus momentos, mas o roteiro um pouco picado, com péssimas conexões entre momentos de humor e drama, coroaram as atuações um pouco duvidosas.

Reid pode ter sido capaz de voltar dos mortos, mas a chance de uma sequência do filme de 2013 foi morta quando os números das bilheterias chegaram. O filme tinha um orçamento de 215 milhões de dólares e só trouxe 260 milhões no mundo. Levando em conta que grande parte do montante de produção foi pra o cachê dos atores, o estúdio não deve ter ficado muito feliz. Não foi dessa vez que o velho-oeste voltou ao topo, mas valeu a tentativa, ou não.

O último cavaleiro do dragão

Até quando vão misturar boas histórias com sonhos distópicos mal sucedidos?

Eragon é tão promissor quanto Star Wars, o Senhor dos Anéis e Os Cavaleiros de Pern. O primeiro da série de romances de Christopher Paolini, chegou ao cinema em 2006. A  aventura baseada em dragões levou para casa apenas 75 milhões de dólares nos EUA e fez apenas 249 milhões mundialmente, pra você ter ideia, menos até que American Pie 4, que custou 30 por cento dos 100 milhões de dólares de Eragon. O filme se afasta muito do material original, deixando os fãs decepcionados e os críticos com muito mal humor.

Nigel Floyd, da Time Out, escreveu que o filme funciona como "um doloroso lembrete de como era o cinema de fantasia antes que a trilogia de O Senhor dos Anéis desse o tom do gênero". A maior parte do filme é interpretada como alguém tentando causar uma impressão ruim de Tolkien com toques de Star Wars.

A ideia de John Malkovich de interpretar um rei maligno com um nome inexplicável como Galbatorix parece ser o suficiente para, pelo menos, elevar o filme e a paciência dos fãs a territórios estranhos, mas somado a isso tem o fato de Malkovich atuar parecendo querer estar em qualquer lugar menos na terra mágica da Alagaësia. Devido ao panorama crítico e ao baixo desempenho financeiro de Eragon, os fãs dos livros terão de se contentar em lamentar o potencial jogado no ralo em conversas de bar e ler os novos livros da série.

Dredd é a lei

O filme agradou parte dos fãs, mas falhou nos efeitos e no marketing

Dredd (2012) é um coquetel de violência, humor irônico e gritarias, com uma legião de fãs pelo mundo. Sua refilmagem veio com a promessa de chegar próximo aos quadrinhos, o que deixou os fãs bem animados.

Esse novo juiz Dredd é mais implacável que o original e faz uma dupla improvável com uma frustrada especialista em ler mentes. Eles se unem para combater a droga Slo-Mo, novidade pelas ruas de Mega One City. Até aí tudo bem, o roteiro é o que se espera, bem próximo dos quadrinhos, tudo certo até a escolha do efeito visual para simular o barato de ingestão de droga. Muitos dizem que isso encheu o saco no filme e deixou ele meio caricato.

Esse é um caso de filme que até agrada os fãs mas falha muito no marketing. O boca a boca, como imaginado, não funcionou. Mesmo com um orçamento baixo de 50 milhões de dólares, só conseguiu recuperar 35 milhões desse valor em todo o mundo. A incapacidade de Dredd de obter lucros significa que os fãs ainda não tiveram a oportunidade de ver novas violentas revelações em Mega City One, por mais que Karl Urban, ator que interpreta Dredd queira voltar a usar o capacete.

Uma crença instável

A história é conhecida pelos fãs pelas tramas de época e os caras entrelaçaram além do ponto com o mundo atual. 

A série de videogames Assassin's Creed tem grande abrangência histórica, chegando até mesmo à pré-história. A série de filmes Assassin's Creed só se estende por um breve período de 2016. As aventuras de espancamentos e saltos nos telhados, assassinos encapuzados e a guerra contra os Templários tinha tudo pra estourar nas bilheterias. Isto foi ainda reforçado por um elenco impressionante, com Michael Fassbender no duplo papel de Cal / Aguilar, sendo apoiado com performances de Marion Cotillard e Jeremy Irons. Assassin's Creed tinha tudo o que precisava para ser um grande filme e toma todas as decisões erradas possíveis. No final você fica com um sentimento confuso, querendo gostar do filme, mas falta algo. Quando passa um tempo e você para pra refletir, percebe o quanto o filme ficou fora de tom.

Uma dessas decisões erradas foi se concentrar muito mais nas tramas atuais dos Templários do que nas aventuras mais empolgantes da ação baseada na Inquisição Espanhola de Aguilar. Em vez de saltos entre construções de cidades históricas e lutas de faca, há uma quantidade chocante de escritórios sombrios, chatos e laboratórios cheios de monólogos expositivos.

Embora a mágica da franquia Assassin's Creed tenha sido sua capacidade de funcionar como uma espécie de antologia, abrangendo diferentes conflitos históricos e locais, é improvável que esse filme receba uma continuação devido a uma péssima recepção crítica, de fãs e bilheterias mundiais de 240 milhões de dólares. Desse jeito tomara que não mesmo.

Warcraft: O Primeiro (e único pelo jeito) Encontro de Dois Mundos

Dez anos para fazer o filme e esquecem do roteiro?

Quando a Legendary Pictures produziu o filme de Warcraft, parece que o ferro do ferreiro não estava tão quente quanto poderia estar e a ferramenta saiu meio torta. O filme levou dez anos para chegar aos cinemas. É provável que todo esse tempo pra ficar pronto seja um sinal de que alguns problemas aconteceram em sua produção e esses ficaram evidentes.

O filme de Warcraft em si é baseado na história do primeiro jogo de PC da franquia. Se concentra nos conflitos iniciais entre os humanos de e orcs, que tem seus nomes e tramas decorados pelos fãs. Antes de tudo, o filme, possui muitas maravilhas em CGI pra admirar, e algumas cenas são bonitas mesmo, fazendo o coração dos fãs chacoalharem de emoção. Só que como toda mitologia complexa e rica, você tem que tomar cuidado com o que vai tirar e como vai fazer as conexões. No final os fãs sentiram falta de muitas coisas, como se tivessem com muita fome em frente a uma pizza e comessem uma mísera azeitona. O público-geral ficou um pouco confuso e meio que descobriu que Azeroth não era uma espécie de Rei Orc tarde demais.

Apesar dos defeitos, muita gente ainda gostou do filme, prova disso é que a audiência deu 77% no Rotten Tomatoes, apesar da crítica massacrar o filme com 28%. O grande problema é que se você não é fã, não encontra um só personagem memorável no filme. Isso em um épico, principalmente, sinaliza problema de construção de personagens e narrativa.

A China salvou o filme de ser um dos maiores fracassos da história, sendo responsável por cerca de 50% da sua bilheteria mundial de 486 milhões de dólares. Isso deve ter rendido fortes emoções no pessoal da produção, emoções essas que talvez eles não querem passar tão cedo.

O pistoleiro perde sua marca

A descaracterização do pistoleiro irritou os fãs

A Torre Negra deveria ser o começo de algo especial - só os fãs do livro de Stephen King sabem o tamanho do desperdício que aconteceu no filme. A série Torre Negra abrange oito livros e sai do óbvio brincando com as expectativas que os leitores podem ter sobre o gênero ficção. E não dá pra reclamar da escolha de elenco: Idris Elba e Matthew McConaughey tem a chama do talento para atuar viva, o último inclusive tinha recém ganho o Oscar.

O foco da Torre Negra rapidamente se afasta do pistoleiro de Elba para um jovem rapaz destinado a grandes coisas. Uma espécie de tentativa de colocar a jornada do herói hollyoodiana estapeando a cara do espectador. Alison Willmore, do BuzzFeed, escreveu: "O fato de Elba ser considerada uma figura paterna e substituta do pai, ao mesmo tempo um herói durão de ação, sugere que Hollywood ainda não sabe o que fazer com ele". Ainda assim, essa é apenas uma falha gritante de uma longa lista de erros.

O filme é impenetrável e entediante, sem a magia de King e a maravilha do mundo que construiu ao longo de duas décadas em seus romances. Os críticos foram duros com Torre Negra, com uma classificação sombria no Rotten Tomatoes. Mas nem tudo está perdido, pois a Amazon está preparando uma série de TV que seria um novo começo para o Pistoleiro e seu inimigo.

A impressão que fica é que Hollywood apanha muito ainda na construção de histórias estabelecidas. Grandes chefões insistem em provar, do alto de suas torres e com muita droga e álcool, que sabem o que as pessoas vão gostar, a despeito da vontade delas. Não aprendem com os próprios erros e acertos. Pior do que fazer um filme ruim, é evitar que um bom seja feito, dado à difícil recuperação da imagem das franquias após os fracassos. Esperamos que as séries, seja na TV ou streaming, mudem esse paradigma, com um pouco mais de tempo para mostrar as tramas e com um pouco mais de liberdade pra sair do óbvio.

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